
Fernando e Janaina Soledade
se encontram na Universidade.
Ela era aluna da professora
do Serviço Social Tereza Mansur.
Ele era um dos contadores de histórias
da professora da Biblioteconomia
Alzinete Baincardi. Embora seu curso
fosse na verdade
o de Bacharel em Arte.
O Projeto “Girassol" foi o palco do primeiro encontro.
Ela estagiava como aluna do Serviço Social
e ele estava se apresentando como Instrutor Teatral.
E naquele momento não aconteceu nenhum encanto
porque ela achou ele sério demais
e ele achou ela bonita demais.
E depois daí cada um ficou no seu canto.
E pelas estradas desta vida torta
o Projeto Girassol foi seguindo sua rota.
E os dois também seguiram na mesma direção,
por vezes, um à frente, outro atrás,
às vezes lado a lado, mas nada demais.
Ela então se formou
e ele continuou na Universidade,
porém, no Projeto Girassol findou sua atividade.
Até que numa festa de formatura
o primeiro reencontro aconteceu.
Foi próximo da meia-noite.
Ele quase não a reconheceu.
Cruzaram olhares
e ele encorajado chamou-a para dançar.
Ele ficou deveras interessado
na mulher cuja beleza já havia reparado,
mas que nunca antes havia cortejado.
Então eles bailaram,
Uma, duas danças, talvez três,
e quanto ele ia dizer:
Vamos nos ver outra vez?
O relógio do celular dela
tocou zero hora.
Rapidamente ela terminou a dança,
despediu-se das amigas e foi embora.
CAPÍTULO I
Campo de Girassóis

(...)
Mas olha como as coisas são!
Ele estava reunido na UFES
Numa lanchonete com sua trupe
Fazendo a leitura de uma nova produção,
Quando levantou o olhar e teve a visão ela,
que passava por lá,
e curiosa vendo aquele gente
Com texto em riste a falar
Vinda do curso de inglês
Sentado à mesa Estava ele com seu grupo
ensaiando um espetáculo
(...)
CAPÍTULO II
O baile

Então casaram em 03 de Julho de 2010, em Jucutuquara, na Igreja São Sebastião. Teve gente que chorou de emoção. Teve gente que chorou sem razão. Teve quem quis virar mula sem cabeça por causa do Padre bonitão.
E não é que o Padre esperava uma piadinha de Fernando Soledade no momento que perguntou:
- Você está casando de livre e espontânea vontade?
É que na entrevista que tiveram com o vigário antes do casório,
a mesma pergunta foi feita no interrogatório e Fernando respondeu em tom sério a esparrela:
- Seu Padre, a verdade é que estou sendo obrigado pela família dela.
O Padre que estava tudo a anotar levantou bem ligeiro o olhar, ignorou a resposta e continuou a interrogar.
Mas na hora do vamos ver, a Igreja lotada, Fernando Soledade diante da risadinha do Padre, não teve coragem de botar tudo a perder.
- Se o Padre encerra esse casamento como é que vai ser?
E o SIIMMM foi dito em alto e bom som, convicto.
Essa foi a intensão de Fernando, mas algumas pessoas acabaram não escutando.
(...)
CAPÍTULO III
O casório

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